segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Resumo dos últimos pensamentos

- E parece que agora Paul McCartney vem mesmo pro Brasil, pela terceira vez. Notícia recebida ontem através de um tweet da minha irmã, e também hoje no almoço, por dois amigos das antigas. Se confirmar mesmo, mal vejo a hora! Se ele tocar mesmo Let'Em In, posso morrer no dia seguinte bem feliz!

- Genericamente falando, não suporto The Police. Acho que não suporto, na verdade, o Sting. Mas tenho de tirar o chapéu pra Synchronicity [do vídeo abaixo], tanto a parte 1 quanto a 2. Mesmo que esteja no mesmo álbum de uma das músicas mais insuportáveis do rock. Synchronicity é incrível. Sempre me faz sentir melhor. Principalmente em dias tensos como hoje.





- A próxima viagem que farei vai ser pra Chapada dos Veadeiros. Ando pirando nas formas de se ir, na economia de dinheiro e na paisagem linda de lá, que só conheço pela net mesmo. Acho que vai ser pra recarregar um pouco da energia. Pra ver mais sentido na vida. Pra perceber que eu sou só mais uma, mesmo, nesse mundo, e que isso deve soar extremamente normal a qualquer um.

- E, por último, mas não menos importante [aliás, a coisa que mais tem me atormentado nesses dias], candidatos definidos a serem votados no dia 3 de outubro! Finalmente! Parece que só depois de entrar na máquina pública eu saquei os ônus e bônus de se apoiar cada candidato e cada política seguida. Porque, por detrás das cortinas, a vida é radicalmente outra. Sem democracia, sem consensos, sem debates. Muitos acordos e muita politicagem. Pro bem e pro mal.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Música e instrumentos

A conversa hoje no escritório começou quando comentei que sabia tocar uma parte da ópera O Guarani na gaita. Estendeu-se sobre como cada um dos arquitetos do escritório tinham começado e terminado no ramo musical.

Quando estávamos comentando sobre ler partituras, saber acordes e tudo mais, me lembrei que uma vez, a uns 10 anos atrás - no colegial, eu aprendi a tocar bateria na escola.

Não era uma aula exatamente boa, a maioria tava lá porque ou era música ou era teatro. E logo no primeiro ano, poucos queriam se expor tanto na área cênica. Sobrou uns desajustados na aula de música.

E logo na segunda semana, tínhamos de montar um grupo musical.

Minha turma tinha de tudo - punkers, rockers, baladeiros e os nem aí. No fim formei grupo com mais três meninas, que tinham os mais variados gostos musicais. Não combinávamos em nada, mas eram as pessoas da ala feminina que iam embora com o nosso grupo de dez pessoas, todo dia, da escola ao metrô. Os outros membros ou já tinham formado grupos distintos, ou faziam parte das cênicas.

Logo na terceira semana, tínhamos de decidir o que cada um ia tocar. Não foi uma tarefa fácil, porque passava por comentários como "falta de coordenação, não gostar de música, só sei tocar violão", e por aí vai. Uma delas, a que sabia violão, ficou com a guitarra. Outra acabou ficando no vocal por ter a melhor voz de nós quatro. A outra ficou com o baixo, não me lembro exatamente por qual motivo, provavelmente pra fugir da bateria. Ninguém queria a bateria e eu, teimosa e um tanto determinada a desafios (embora, naquele estado, tudo era desafio), acabei ficando com a bateria.

A primeira parte das aulas eram tediosas, teoria e mais teoria, quando queríamos mesmo era fazer barulho, seja ele qual fosse. Os das cordas ficavam numa sala separada dos da bateria. As aulas de bateria eram super divertidas.

Eu não tocava bem, acho que nunca toquei bem, mas ficava feliz de ganhar coordenação e saber acompanhar a música.

No meio do semestre, tínhamos de apresentar uma música conhecida aos demais. Naquela época, o Acústico dos Titãs tava fazendo muito sucesso (uma época em que não tínhamos as facilidades da internet, para conhecer coisas melhores). Lembro que umas três "bandas" escolheram Titãs. A nossa escolhida foi "Flores". Até hoje sei perfeitamente as batidas da bateria, que não são nada grandiosas.

Uma grande ironia...nós que não éramos feministas nem nada (e acho que nem somos, ainda hoje - apesar do grande aprendizado que o último concurso que participei me proporcionou, em termos de feminismo) montamos não só a única banda feminina como ainda escolhemos uma música de nome "meigo".

Lembro que a apresentação foi muito boa, visto que nenhuma de nós sabíamos nada a não ser o que aprendíamos nas aulas (os demais, a maioria, já tinha tido aula de alguma coisa na infância). E lembro também, que no fim, tivemos de fazer uma música própria e tocar. Essa, se bem me lembro, foi um desastre generalizado, de todos. Não lembro a música, muito menos a letra, mas sei que foi divertido, de qualquer forma.

No fim, essas aulas serviram pra me aproximar mais de quem tinha um gosto parecido com o meu (que, na época, não era nada refinado quanto o de hoje), e me fez também tirar sarro de muitos outros.

E sei, também, que toda vez que nos lembramos disso, damos boas risadas. No fim, representou o começo da vida pra muitos de nós. Pelo menos pra mim, foi o início de uma grande mudança.

[Não imaginam como foi divertido relembrar e escrever tudo isso...dei muita risada de todo o contexto. Bom 1998...como seriam bons o 1999 e o 2000...)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Lazer e Ócio

[Nessas de voltar a pensar seriamente no mestrado, fiquei vendo umas imagens do meu TFG. Um tema não tem absolutamente nada a ver com o outro, mas ainda assim são produções científicas...(aliás, nem o TFG, nem meu atual trampo e nem o tema do mestrado tem a ver entre si). Tá postado, aí embaixo, o texto-resumo do TFG e algumas imagens.]

Espaço de Lazer e Ócio

Este trabalho visa, através da discussão dos problemas relacionados ao lazer, convívio e descanso, propor um projeto arquitetônico e urbanístico que possa atuar de forma positiva nas questões relativas à valorização dos espaços públicos. Assim, é proposto um Espaço de Lazer e Ócio no centro da cidade de Campinas, mais especificamente na Praça Rui Barbosa, localizada atrás da Catedral Metropolitana.

A Rua Treze de Maio é uma das ruas mais movimentadas do centro da cidade de Campinas, onde se encontra o “calçadão”, que compreende uma área entre a Rua Onze de Agosto e a Avenida Francisco Glicério. Apesar de todo o movimento existente nessa região, há poucos lugares para estar, para sentar, para descansar. As pessoas que lá passeiam, trabalham,fazem compras e utilizam seu tempo livre, em geral na hora de almoço, aproveitam os poucos lugares abertos existentes. Não há locais cobertos e prazerosos, somente praças sem infra-estrutura necessária para o estar. O que se vivencia são pessoas sentando nos degraus dos prédios, das lojas, nas muretas, no chão, em qualquer lugar que tenha sombra, transformando os locais de passagem em pequenos momentos de permanência.

Se por um lado percebemos o crescimento do lazer relacionado diretamente ao consumo, por outro lado, devemos ressaltar que não há incentivo ou estímulo para realizações que influenciem positivamente o lazer como momento de convívio e prazer. No local de intervenção deste trabalho é clara a manifestação do lazer de consumo, dado o grande número de lojas de departamentos e do comércio em geral. É importante ressaltar que este trabalho não pretende defender o lazer de consumo, visto que o lazer vinculado à realização de comprar e o lazer pretendido por este trabalho são diferentes, distintos. Questiona-se assim o modo como o lazer é atualmente visto, considerado na maioria das vezes relacionado ao consumo.

Segundo a proposta, a parte relativa ao ócio e convívio terá atividades que visem à contemplação e o estar, sendo localizadas na praça rebaixada, com o restaurante, a área de estar e o palco de shows, definido pelo desenho de piso, sem que haja uma área fechada específica. A parte relativa ao lazer, que será dividida nos dois edifícios interligados à praça, terá as funções de mídias em geral. Um edifício ficará responsável pelas “mídias digitais”, que incluem cinema, internet e midiateca, e o outro edifício terá as aqui chamadas de “mídias impressas” – gibiteca, revistaria e biblioteca.