domingo, 30 de maio de 2010

Cachaça no fim de semana

O fim de semana dessa vez começou, de novo, numa quinta-feira.

Quinta-feira, eu tava com gripe mais ou menos forte. O corpo doía e eu mal conseguia conversar com os mestres de obra e com o pessoal do escritório. Fui embora pensando num banho quente e capotar na cama. Eis que minha amiga mais alcóolatra me liga, dizendo que tava num bar na Paulista. Para rebater o frio, fomos de cachaça. Duas doses. Mal me lembro como cheguei em casa, embora tenha certeza de ter chegado cedo.

Sexta-feira, lá estava eu em Embu, com dor de cabeça, morrendo da gripe. Tinha reunião sobre o Plano Diretor às 9 da manhã, e até consegui acompanhar bem. Sorte minha que o arquiteto colega de trampo foi junto. Tinha de me recuperar rápido pra balada da noite, mas no fim me recuperei antes. Ajudei a chefe na formatura dos jovens do curso de Construção Civil que ela tava encabeçando e eu, dando apoio e ajuda. Ficamos no ginásio de Embu até às 22h. A balada já era, mas fomos num bar da praça, junto com um pessoal muito bacana da Secretaria de Participação Cidadã. Fiz mais uns bons amigos de copo e de vida. Foi divertidíssimo! Voltei de carona, às 3 da manhã.

Sábado, acordei meio cedo pra fazer compras, mas nem deu tempo. Uma outra amiga, que a um bom tempo não via, me chamou pra passear na Liberdade. Passeio de família, como diria ela. Almoço japonês, e mais cerveja a noite. Muito legal colocar o papo em dia e desenvolver novas conversas, mesmo a conhecendo a 4 anos. Fui dormir cedo, porque o dia seguinte teria reunião.

Domingo, reunião no Morumbi com a chefe e duas amigas. Mais um concurso. Muitas histórias boas, algum projeto desenvolvido. Muita conversa com a chefe. Reparei que ela confia muito em mi, o que me fez ter um senso de responsabilidade maior.

Um fim de semana bem heterogêneo, mas revigorante. Acho que precisava me matar mais de vez em quando, como nesse fim de semana.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Brinquedo novo!

Ah, foda-se a crise!
Porque agora eu tenho uma vitrola!
Em ótimo estado E funcionando!

Pra começo de nova vida, Love!

Deu trampo, meus braços tão moídos. Imagina trazer isso mais a caixa de som de Embu pra SP, em ônibus público. Ainda bem que duas amigas de Embu me ajudaram por lá e o motorista do ônibus ajudou por aqui. Chegou sã e salva!

Muito feliz!

domingo, 23 de maio de 2010

Reflexões

[de novo, pra fechar o fim de semana]

Sempre gostei de ajudar os outros, mesmo quando não tinha tempo para mim mesma.
Nunca esperei nada de volta. Nunca vou esperar algo de volta, na verdade.
Porque cada um tem sua maneira.
Por isso mesmo, não sei se, quando eu precisar de ajuda, terei algum retorno.
Porque os amigos, por melhores que sejam, não pensam da mesma forma que eu.
Nem nesse, nem nos demais quesitos.
O que pode ser bem ruim, mas pode ser muito bom.
Ruim porque eu me ferro.
Ruim porque eu espero muito dos amigos e me decepciono fácil com isso.
Bom porque eu, cada vez mais, me assumo como independente.
Bom porque eu começo a pensar melhor e canalizar mais as coisas pra mim e não pros outros.
Mesmo que eu saiba que nunca vou ser assim por muito tempo. Porque quando algum amigo me chamar pra conversar ou pra pedir ajuda, vou voltar a ser a mesma de sempre. Porque eu sempre vou ajudar os outros e esquecer o passado recente.

Isso volta à velha reflexão e modo de vida de aproveitar o momento, de ver como foi bom o tempo passado junto. O que, de novo, pode ser bom por não esperar nada do futuro e sempre ter algo novo surgindo que vai tomando lugar das coisas velhas. E pode ser ruim por não firmar raízes nessa vida e não dar continuidade a coisas que eu amo.

[Volta e meia tenho essas idéias....volta e meia tenho de externá-las. Não sei porque. A resposta vai sempre depender de mim mesma, no fim. O que me faz pensar que, minha ajuda nunca é algo de mais, que minha presença nas conversas nunca é suficiente, que minha passagem na vida dos outros é irrelevante. Mas isso é coisa de se pensar com mais cerveja na cabeça.]

Encontros

A viagem pra Santos, ontem, me fez relembrar os Encontros de Arquitetura.
Alguns outros fatores ajudaram a relembrar mais deles.

Na semana passada, pegando carona com a chefe até Taboão, falávamos sobre a diferença absurda do clima entre Embu e São Paulo [Embu é muito mais fria que SP, de modo que saio encapotada numa amena capital pra ainda assim passar frio por lá]. Comentei que, pelo menos pra tomar cerveja o frio não atrapalhava, já que no ENEA Floripa fazia cerca de 10 graus toda tarde/noite e nem por isso deixava de me embebedar. A chefe comentou que no único Encontro que ela foi, em Porto Alegre, era a mesma coisa, e falamos um pouco mais sobre Encontros em geral.

Ontem, em Santos, na companhia dela e mais duas amigas, passamos em frente ao lugar do EREA Santos 2001, e uma das amigas ficou falando dos perrengues daquele encontro. Um tempo depois, foi minha vez de comentar dos perrengues do encontro de 2006, ao passarmos em frente ao quartel general. A outra amiga complementou dizendo que aquele foi o lugar onde havia torturas durante a ditadura.

Rever Santos me foi especial porque foi o lugar do meu primeiro (e, erroneamente pensado como último) encontro. Foi impossível não se lembrar das bebedeiras, das festas, dos amigos....de tudo que viria após esse de Santos. Depois de Santos foram mais 10 encontros pelo país afora. Cada um especial, mesmo alguns sendo bem ruins. De 2006 até ano passado, fui a todos do estado de SP, quebrando a rotina nesse ano [não só por causa da Virada Cultural, mas também por não estar mais no clima de Encontro - já que ano passado deixei a Virada de lado e fui pro Encontro em Poços, o que na época me valeu bem mais a pena].

E, olhando as fotos e as notícias do EREA Ribeirão desse ano, acho que fiz bem. As coisas mudaram sensivelmente, e acho que aproveitei muito bem meu tempo. Não sei o que faria num Encontro sem ter uma função e sem conhecer mais tanta gente. Mas, ainda hoje, me sinto orgulhosa de ser, muito indiretamente, uns 10% responsável pelo Encontro em Taubaté ano que vem [pilhado originalmente por um dos meus afilhados].

Vamos ver se até Uberlândia meu espírito fique melhor e eu consiga descansar bem nas férias que terei de Embu.

domingo, 16 de maio de 2010

Balanço da Virada

- Ou eu estou mais chata ou o público da virada tem ficado cada vez mais insuportável. Muitos sem-noção lotando os shows...ver os de rock na São João ficou quase impossível. Por causa deles, foi impossível curtir as bandas do Zappa e da Janis.

- Living Colour fez, de longe, o pior show que já vi em viradas.

- ABBA e os remanscentes do Buena Vista fizeram os melhores shows que vi nesse ano.

- Titãs tem feito shows cada vez mais burocráticos e previsíveis.

- Booker T mandou bem demais! O lugar de onde eu assisti também ajudou bastante.

- Descobri que aguento tomar cerveja e ver shows e aproveitar tudo ao mesmo tempo.

- A virada me fez encontrar pessoas queridas que nem sabia que vinham, me fez ter certeza de que para outros amigos dá pra se encontrar só ligando de última hora, e me fez ver que não encontro outros amigos de jeito nenhum, nem ligando 200 vezes durante a virada.

No fim, tudo foi muito bom! Só resta o corpo se recuperar...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mães

Acho que não é segredo que tenho duas mães, a de sangue e a de coração.

O que talvez ninguém mais saiba, a não ser o pessoal de Embu, é que tenho mais duas mães por lá.

Uma surgiu depois de uma brincadeira do técnico de informática, ao ver a "semelhança" entre eu e a diretora administrativa, já que estávamos com o mesmo corte de cabelo, óculos parecidos e camiseta da mesma cor. Virou piada instantânea, muitas vezes relembrada pelo pessoal do administrativo. Me traz boas risadas no dia!

A outra é a motorista da caminhonete frankstein que temos por lá, a que vai comigo nas obras, me dá palpites do que tenho de fazer. Que já trabalhou na defesa civil e no cemitério da cidade (dentre outros empregos - esses são os que ela mais me conta histórias). E que me leva o almoço de cada dia (logicamente eu pagando - monetariamente - por isso).

E lembrei de toda essa história na ocasião do dia das mães, quando metade do escritório me perguntava o que daria de presente a uma mãe, e outra metade, à outra mãe [no fim, acabei não comprando nada].

Acho que tenho vocação pra ser cuidada, mesmo que inconscientemente.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Music Philosophy

Mais aqui.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quatro anos depois

Tudo começou no show do Rolling Stones, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2006. Era a primeira vez que ia pra lá, aproveitei e fiquei 5 dias, me focando muito mais na arquitetura da cidade que nas suas praias. Tava muito feliz, a tempos queria conhecer a cidade maravilhosa. E emendar no show de uma das lendas do rock ajudava muito meu estado de espírito a ficar desencanado de tudo.

Fiquei num albergue meio tosco no Botafogo, cheio de gringos e dividindo quarto com mais 5 pessoas. Entre elas estavam 3 que tinham ido pelo show. Dois baianos e um paraense. Na noite que nos conhecemos, um dia antes do show, ficamos bebendo numa praça, perto do albergue. A conversa fluiu tão bem que parecia que nos conhecíamos a anos. Um dos baianos foi conquistando minha atenção mas eu, tímida que só, continuava na minha.

Depois do show, fomos ainda pra Niterói, na casa de uma amiga de um dos baianos, e lá me despedi deles, achando que nunca mais os veria. Ledo engano: em abril desse mesmo ano, os dois apareceram em Campinas, pro show do Badfinger. Que eu já tinha comprado ingresso pra ir com meu irmão. No fim de tudo, o baiano tinha me conquistado mesmo. Mas essa, sim, teria sido a última vez que o veria.

Até chegar o ano de 2010, com um pequeno email me dizendo que ele estava na capital paulista. Nos encontramos e fomos pro bar, e parecia que tínhamos nos visto a pouquíssimo tempo. A vida de cada um mudou bem, soube bem mais da vida dele que ele da minha, porque não sou de falar mesmo. Mas prestava atenção em cada dica de rock que ele me dava. Conversamos sobre futebol como dois fanáticos historiadores. Conversamos sobre rock como a muito tempo eu não falava. Bebi mais do que meu corpo aguentava, fruto do cansaço absurdo que a vida de adulto me proporciona. Mas aproveitei bem cada minuto com ele. Não dei bola pras derrotas do Palmeiras e do Corinthians...a companhia me era bem mais especial.

A vida segue me dando boas surpresas. Que bom!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Notas rápidas

[pra tentar tirar o gosto melancólico e, por vezes, triste, do post retrasado]

Entregue, esta semana, um projeto pelo l.a.s.t. Concurso. Mais um. Acabo de ser convidada, pela chefe, para participar de outro, com amigas dela. 90% de certeza de que vou aceitar.

Aprendendo e, ao mesmo tempo, tocando duas obras e meia quase sozinha. Ficando cada vez mais ansiosa e neurótica sobre a meia obra.

Tentando ser mais responsável. Conseguindo, aos poucos, me firmar como arquiteta e urbanista.

Tocando mais gaita, toda noite. De ouvido.

Tentando ficar menos tempo na internet e mais desenhando [até sair um poster bonito pra casa cada vez mais querida].

Parando de fumar cigarro convencional e fazendo os meus próprios. De tabaco [influência direta de uma amiga recém-conhecida].

Desligada por completo de ambas as famílias. Mas com tempo pra comer pizza com o pai, fazer compras com a mãe, almoçar na Augusta com o irmão e Burger King com a irmã. De vez em nunca.

Fechando um plano de saúde, depois de mais de 5 meses de enrolação.

Ficando mais em casa do que em bar. Mas ainda bebendo toda semana.

Enfim, vivendo!

ps.: Desligada por completo foi muito exagero. Ainda mantenho um certo contato, sim, com ambas. Não tão forte e intenso quanto antes, porém....

sábado, 1 de maio de 2010

Moby Grape

Moby Grape tá na minha lista das 10 melhores bandas de rock do mundo [só pra dar um panorama mais geral, as outras nove são (entre cantores e bandas): Jefferson Airplane, The Beatles, Cream, The Byrds, The Who, Cat Stevens, Deep Purple, Bob Dylan, Pink Floyd - sem nenhuma ordem. Ouço qualquer álbum desses caras em qualquer hora do dia e isso me traz um ótimo humor!].

Enfim, Moby Grape surgiu como uma dissidência do Jefferson Airplane, já que os dois criadores da banda - Alex "Skip" Spence e Matthew Katz - eram baterista e gerente, respectivamente. Skip nunca foi baterista, e tocava o que dava pro gasto no Airplane. Na nova banda, assumiu seu papel de guitarrista e de compositor. Não vou tentar escrever tudo da banda (que é muita coisa), considerem ler aqui (fonte não confiável, mas o escrito sobre a banda tá muito bem feito!). Em resumo, é uma banda que poderia ser uma das mais lembradas atualmente, mas devido a péssimo gerenciamento, tudo se perdeu. De grana a reconhecimento. O Airplane tava muito certo de demitir Katz, fato bem contestado na época.

Tudo isso só pra postar um vídeo deles, de 1967. De duas das melhores músicas que considero deles. Especialmente "Sitting by the window", cuja melodia é bem diferente do psicodélico em voga naquela época, e que lhes caía tão bem.



Só porque deu vontade de falar de música por aqui....