quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Virada que vou perder

É, esse ano não vai dar. Fui em todas que teve até agora, mas a Virada Cultural desse ano eu perco. Por um bom motivo, mas mesmo assim, vai fazer falta.

Se eu fosse, daria prioridade a isso aqui (como se eu tivesse muita influência....):

18:10 - Jon Lord (Av. São João)
19:00 - Tutti Frutti (Praça da República)
20:30 - Farufyno (Av. Rio Branco)
21:00 - Geraldo Azevedo (Av. São João)
00:00 - Camisa de Vênus (Praça da República)
02:10 - Velhas Virgens (Praça da República)
03:00 - Tim Maia (Av. São João)
06:00 - Violeta de Outono (Teatro Municipal)
12:00 - Nação Zumbi (Praça da República)
15:00 - Novos Baianos (Av. São João)
15:50 - Sitar Hendrix (Praça da República)
17:20 - Ike Willis (Praça da República)
18:00 - Beto Guedes (Teatro Municipal)

Ficadica!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Acaso (ou nem tanto)

Nesse domingo meu padrinho disse a coisa mais linda pra mim de um jeito um tanto enigmático. Ou me pareceu assim porque eu tava bêbada demais. Mas enfim, li de novo algumas partes de "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint Exupéry, e achei este poeminha aqui abaixo, do mesmo autor.

Acaso

"Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso."

Às vezes é bom demais ter saudades e ter lembranças boas de muita gente. Eu tô nessa fase, ainda e pra sempre.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pós Encontro

Lógico que teria um post sobre isso [e este pode ser o primeiro post com citação de nomes].

O EREA São Luiz do Paraitinga aconteceu. Não consegui definir se foi bom ou não. Mas tive a certeza de que fiz meu trampo, e melhor ainda, fiquei extremamente feliz de que meu trampo foi reconhecido por gente que eu nem conhecia.

Na real eu deveria falar "nosso" porque muita gente tem parcela fundamental nisso. Eu não faria nada sozinha, nem teria paciência e força para isso.

Mas que foi legal alguém, no meio da última festa, dentro do banheiro, me puxar de lado e dizer que adorou a plenária e que gostaria que a diretoria da FeNEA fosse na faculdade dela pra divulgar e mostrar todo esse mundo, ah, isso foi. Mesmo eu bêbada chapada comemorando o fim de mais um projeto.

E na verdade foram mais algumas pessoas que me disseram que uma plenária de um Encontro foi boa e que adorou. Nunca tinha ouvido esse tipo de elogio. Ainda mais de uma plenária que na primeira parte antes da janta tava ótima, sem problemas, rápida e tranquila, e que se transformou num inferno logo na volta da janta. Mesmo que este momento infernal tenha durado pouco menos de meia hora, chegando no limite de eu ter "causado" na plenária.

Bom demais rever o Amizade e passar horas e horas fofocando e fazendo planos e ficando muito bêbados. Eu indo dormir às 5 da manhã todo dia e acordando às 10, ele acordando pra mais das 14h e ainda assim ajudando a gente nos momentos FeNEA e na plenária. E me ouvindo e me aguentando sobre minha eterna curiosidade sobre a FeNEA e me falando de como tudo era na época que ele foi Regional, em 2001.

[Foi legal quando o Lucas reparou que calhou de ficar conversando juntos eu, ele e Amizade, e dizer que ali tinha três gerações de diretoria, com uma alegria e saudosismo que não se vê mais por aí]

Bom demais rever a Batatinha e poder desabafar pra ela. Poder falar de qualquer coisa em qualquer hora e ser compreendida. E sentir a força dela, mesmo com o cansaço aparente. E ver a felicidade dela em continuar o trampo, mesmo sabendo do desgaste que isso traz. E ver que isso vai me fazer continuar ligada a FeNEA pelo menos na próxima gestão.

Bom demais rever a Nat e ficar falando mal de tudo de errado que tava acontecendo tomando litros de melzinho de Poços.

Bom demais fazer amigos novos por causa de Movimento Estudantil. Bom demais rearticular uma Regional com conversas sérias em festas muito loucas. E manter a seriedade e separar da brincadeira nisso tudo.

Bom demais termos uma comissão de próximo EREA aparentemente muito mais confiável e muito melhor organizada que as duas últimas comissões de Encontro. É bom ver que, de um Encontro com uma comissão tão esquisita e que fez muito pouco pela rearticulação da Regional, sai outra como uma promessa muito boa pra Regional.

Bom demais trazer a USP de volta às discussões políticas. E que me deram carona numa kombi quase caindo aos pedaços e se mostrando altamente receptivos a tudo.

Foi nessa volta que consegui pensar sobre o que tinha sido uma das semanas mais esquisitas que tive, com uma mistura de sentimentos muito grande. Foi na viagem de volta que eu consegui pensar no nervosismo que eu tava na mesa da plenária e nas besteiras que falava e na falta de uma boa coordenação de minha parte que, incrivelmente, ninguém reclamou.

Tem muita coisa a ser pensada ainda. A sensação de tarefa cumprida e bem feita é ótima. Mas a sensação de que tudo acabou, que eu achei que ia sentir, não veio. O trampo continua forte até setembro, quando passo a bola de vez e de verdade.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

E dá-lhe porco!

Acho que só falta falar dessa paixão minha por aqui: o futebol e, logicamente, o Palmeiras.

Outro dia no bar com o pessoal do escritório, meu chefe me perguntou porque sou palmeirense. A única resposta plausível foi de que a família do meu pai é italiana e que herdaram o gosto pelo Verdão, que vou passando pra frente. Porque podia ser uma paixão alvi-negra também, já que o Palmeiras foi formado por dissidentes do Corinthians, logo, tudo italiano.

A minha paixão se transformou num fanatismo que teve uma ascenção e queda relativamente rápida. Meu segundo jogo de futebol nos estádios foi aos 10 anos, em 1993. Não podia ser melhor: último jogo da final do Paulistão, Palmeiras x Corinthians, fila de 16 anos sem títulos, e na desvantagem. Podia ganhar por 2 gols de diferença que ainda assim não seria o campeão.

Não só ganhou no tempo normal por 3x0 como na prorrogação teve gol de penalti do ídolo da vez, Evair. O melhor jogo que fui até hoje. E lembro como se fosse ontem.

[em pé: Mazinho, Roberto Carlos, Cesar Sampaio, Tonhão, Sergio, Antonio Carlos.
Agachados: Edmundo, Daniel, Evair, Edilson, Zinho]


[Meu primeiro jogo foi na rua Javari: Juventus x XV de Piracicaba, cheio de vovôs e crianças italianas e do interior. Uma farra só! Não a toa, as duas camisas de futebol oficiais que tenho hoje são desses times]

De lá pra cá, foram muitos jogos do Palestra, muitas vitórias, muitas derrotas. Até vir a Copa do Mundo de 98 e me desanimei por completo. Não sei se foram as falcatruas da Copa ou um entedimento de que a gente só perde tempo e energia com os caras que ganham milhões e nós, reles mortais, nem um décimo disso na vida inteira. Eu sei é que não foi a derrota do Brasil que me fez desistir da torcida em geral.

Hoje em dia, acompanho de leve algumas coisas. Não sei mais do time atual, não sei das conquistas pós-Copa do Brasil de 1998. Mas qualquer jogo decisivo eu assisto e torço, grito nos gols e tudo. Só parei de sofrer por causa disso e de ser fanática a ponto de chorar por alguma derrota importante.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Shows brasileiros

Já que eu não comentei muito do show do Beto Guedes, tava vendo como postar aqui, e relembrando todos os brazucas que já vi em show. Ou a maioria, a memória não funciona tão bem assim.

Vamos lá:

- Chico Buarque: visto em 1999, na turnê "As cidades" e em 2006, na turnê "Carioca". Pra quem não conhece, o show é chato. Chico fica lá, sentado no banquinho cantando e tocando violão. Pra quem é fã, ir num show dele lava a alma. Músicas de décadas atrás misturada com músicas novas, músicos competentes, platéia apaixonada. De longe, um dos melhores shows que fui. E que iria de novo e de novo.


- Caetano Veloso: visto em....2004, na festa de 450 anos da cidade de São Paulo. O lugar foi muito mais legal que o show: esquina da Ipiranga com a São João. Até metade do show tava bom demais, muitos clássicos. Mas daí ele calhou de chamar o Rapin Hood e a coisa desandou. A única boa foi "Haiti", como não poderia deixar de ser.


- Rita Lee: também em 2004, no Avon Women in Concert - Parque do Ibirapuera. Acompanhada de orquestra sinfônica e tudo. Gosto muito da fase antiga da Rita Lee, e ela cantou várias da fase Mutantes. Algumas bem mais novas na época e algumas da fase Tutti Frutti também. Me lembro que gostei bastante do show, talvez por causa do público muito bom que estava lá, acompanhando e cantando junto.


- Doces Bárbaros (Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethania): isso foi em 2002, também no Parque Ibirapuera. Pra variar, e como não poderia deixar de ser, músicas da década de 70, quando eles se reuniram pela primeira vez sob a mesma alcunha. E, entremeada, músicas das carreiras solo de cada um. Por isso, o show durou absurdamente 3 horas, cujo final foi marcado por uma chuva torrencial repleta de raios. Mas foi bom demais!



- Lô Borges: o ano eu não vou lembrar, deve ter sido em 2003, no shopping Boa Vista, Santo Amaro. Nunca vi maiores repercussões desse show na net, nem mesmo agora. Mas era ele, com a rickenbacker e tudo, cantando quase tudo que pedíamos. Por não ser tão famoso e pelo lugar extremamente afastado, foi o show mais intimista que fui. Fãs dedicados que adoravam cantar junto. Foi meu primeiro contato espontâneo com o Clube da Esquina, show pra marcar na memória e no coração pra sempre.


- O Terço: Sergio Hinds, Flavio Venturini e Magrão nos shows com a formação mais conhecida e que gravou os maiores sucessos da banda. Todos em sintonia com a galera do que convencionou-se chamar de "rock rural", clássicos atrás de clássicos. Foi lindo vê-los cantando juntos de novo, e demonstrando o maior prazer do mundo em estar lá.


- Beto Guedes: agora, em abril de 2009, como comentado aí embaixo. Como não poderia deixar de ser, muitas histórias, músicos competentes, a voz que não muda e muitos clássicos, além de uma do Chico Buarque no meio. Apesar de ter sido num auditório de SESC, ele conseguiu criar um clima de proximidade muito bom, que fez a gente gostar muito mais.


E é isso. Deixei de fora os da Virada Cultural, que além de serem mais vários, já foram comentados no meu antigo blog (veja aqui, se quiser. Só vasculhar lá). E devo ter deixado mais algum que não tô me lembrando....mas os marcante foram esses.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Pra relaxar

Reparem na tranquilidade do cachorrinho de 7 semanas....

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Começo de ano novo

Tem tanta coisa acontecendo na vida que é difícil pensar em um minimo planejamento da vida nova. Hoje faz 26 anos que tô nesse mundo, e sempre que faço aniversário fico pensando na vida. Nesse foi diferente. Não que não tenha coisa pra pensar. Aliás, tenho excesso de coisas e não tô conseguindo sequer organizar meus pensamentos. Incrivelmente, as fugas sempre tem espaço.

Enfim.

Eu consegui um trampo bacana, trabalho num bairro fino, mas mesmo assim, com pessoas muito boas e dispostas a me ajudarem.

Meu pai foi demitido, e de repente virei a única fonte de renda em casa. Nada de morar fora, nada de aproveitar minha grana com cerveja e barzinhos. O lance é guardar, aturar a família em casa e fazer o melhor possível pra eles.

O meu escritório (meu e de mais 3 pessoas) vai indo super bem, com muita coisa em vista, mesmo que em termos de concursos. Estamos mais afinados, e mais condizentes. Só tende a melhorar com o tempo.

Consegui encontrar amigos do tempo da Federal, depois de muito tempo sem vê-los. E feliz de ver que tá todo mundo muito bem, e que parecia que tínhamos nos visto ontem.

A FeNEA tende a acabar, mas ando conversando bem com novos diretores. Alguma semente eu tô plantando. A esperança é a última que morre. Daqui a uns 10 dias temos um EREA pela frente, e daqui a uns 15 dias tenho uma plenária pra levar. A minha afinidade com a outra Regional só aumenta, e isso que me mantém. Me orgulha de ter durado até agora pra ter mais uma amizade pra vida inteira. Me orgulha ter certeza de que nosso trampo tá sendo bem feito, e com amor. Voltei a chorar por causa dela, hehe.

Os shows de música continuam muito bem também. Beto Guedes, a última aquisição, foi perfeita como presente de aniversário. (recomendo: A Página do Relâmpago Elétrico, clássico da música brasileira).

Tudo isso aí em cima merece muita reflexão de minha parte, mas que por enquanto tô deixando rolar. Coisa que alguns anos atrás não deixaria por aí. Talvez tenha finalmente cansado de tentar dar um rumo às coisas. Talvez tenha perdido a paciência de ficar analisando horas isso tudo.

Sei lá.