quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Fim da rotina campineira

Estou a poucos dias de deixar a cidade de Campinas.

As novas moradoras da casa já foram escolhidas e aceitas (quase um processo seletivo, hehe), os amigos de bar daqui já estão devidamente instalados na capital, o novo escritório vai bem, começando a participar de alguns concursos. No escritório atual, vou passando aos poucos o que sei e aprendi de iluminação nesses 5 anos de estágio nessa área.

Difícil não ser saudosista e um tanto nostálgica. Passar quase 1/4 da vida nessa cidade não me fez virar campineira, mas me fez gostar um pouco mais daqui, e me fez ver que a cidade tem um puta potencial pra ser uma cidade bacana. Idéia essa que não vinga pelos moradores-mandantes e do governo local. Paciência.

Mas, mais do que apreender e estudar a cidade, aprendi muito sobre minha vida, sobre os amigos, sobre como levar a vida. Não sei como seria minha vida se eu tivesse estudado em SP e não tivesse essa oportunidade de viver por mim mesma, dependendo mais de mim do que dos meus pais, mas não me arrependo nem um pouco de ter vivido aqui, e principalmente, ter vivido desse jeito. Sem amarras familiares, sem amizades de tempos atrás, porém mais livre.

Etapa campineira passando. Etapa capital voltando. É minha vez de cair no mundo e fazer história. Com saudades da vida estudantil, com medo de encarar a vida sem emprego em meio a uma crise econômica mundial. Talvez não seja a melhor idéia do mundo sair de um emprego fixo nesse momento, mas é o risco que quero correr. Porque Campinas pode ser uma ótima cidade, mas nada se compara com a beleza e a vida um tanto esquizofrênica de São Paulo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Rio das Pedras

Deu vontade de escrever sobre Rio das Pedras.

Rio das Pedras é uma cidade de mais ou menos 30 mil habitantes, a cerca de 20 quilômetros de distância de Piracicaba, a maior cidade perto por lá. Atualmente, mesmo com o crescimento da cidade desacelerado, eu vejo Rio das Pedras mais como um bairro de Pira, tanto pela proximidade quanto pela questão econômica e política.



Desde que me conheço por gente e até meus 15 anos, todo mês de julho e todas as férias de fim de ano eu passava nessa cidade, na casa da minha avó. A base da minha família é de lá, sendo que hoje em muita gente espalhada pelo estado. Os únicos que ficaram lá e que eu sempre visito são meus tios e minha avó por parte de mãe.

Mas deu vontade de falar de lá por causa da última "novidade". Passei o Natal lá, depois de um ano de ausência, e me deparo com esta maravilha arquitetônica, logo na entrada da cidade.



Não sei exatamente pra que serve, os 3 blocos tem porta de entrada e aparentemente não há nada lá dentro. Não há exposição, nem algum uso aparente. Poderia servir de uma mega lan house, ou sede de alguma secretaria de governo, se não fosse por um porém: é tudo envidraçado. E lá a média de temperatura é de 30 graus. Então, fica impraticável usar de algum modo essas aberrações.

E isso me fez pensar se por acaso a prefeitura não precisa de um arquiteto, ou alguma consultoria permanente. Porque está claro que isso não foi feito por arquitetos, e, se foi, dá pena e vergonha alheia. De alguém que faz um trambolho desse sem conhecer a cidade, sem conhecer o básico de arquitetura. E é por essas e outras que nossa profissão segue tão mal falada....

Enfim, tirando essa tosqueira, Rio das Pedras tem ótimos exemplares de arquitetura colonial. Na época de ouro do açúcar, a cidade contava com muitas usinas. Hoje, muitas delas estão desativadas e abandonadas. A de baixo aí é a de Bom Jesus, que se não me engano, empregava metade da população em meados do século XIX.



Fora isso, há inúmeras casinhas coloniais que foram desfiguradas totalmente ou então abandonadas. A maioria das abandonadas estão no caminho para Saltinho.

Além da arquitetura, a cidade é cercada por campos de plantação de cana-de-açúcar. Lembro que a gente, crianças na época, crescemos "roubando" cana-de-açúcar pra fazer suco ou mastigar a seco mesmo. Tradição essa que não existe mais na meninada da cidade atualmente...Por causa das plantações e da economia essencialmente canavieira, a cidade é conhecida como "cidade doçura", alcunha esta só famosa na região mesmo.

Um outro fator importante, ainda em relação à economia, é que uma das fábricas da Arcor (fabricante de doces em geral) está na cidade desde que me entendo por gente. É importante porque meu tio e minha avó já trabalharam lá, e a cesta de Natal deles era o sonho de consumo de qualquer criança. Balas, pirulitos, chicletes....tudo pra gente. Parece que é uma das maiores fábricas da empresa, e referência mundial. Pra mim, só interessava que era a fábrica que fazia o bolin-bola e as tortuguitas....

ps.: as fotos, exceto a primeira, são do flickr do Daniel Guiso. 90% de certeza que ele é rio-pedrense, pelas fotos bonitas que tirou dessa cidade que ninguém conhece...

UPDATE: Contatei Daniel Guiso pelo flickr, porque não tinha pedido autorização para usar as fotos dele, embora tenha creditado. Muito amável, ainda comentou sobre o "post" e me deu mais informações sobre a aberração arquitetônica de lá. Valeu!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O que se aprende com video games

Nas horas vagas fico lendo vários blogs por aí. A maioria de cultura inútil e de zoeira. Às vezes também me pego lendo gibis online, ou tiras de jornal.

Nessas andanças pela net, achei um tópico muito bom no blog Caixa Pretta. É um que fala das coisas que se aprende quando joga videogame....não dá pra não rir ou tentar perceber em alusão a qual jogo eles tão fazendo.

O link direto é esse daqui. Vale a pena demais, inda mais se vc teve uma infância regada a atari, master system, nintendo, mega drive e/ou fliperamas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Smarthead!

É, mudança de endereço. Assim como na vida real, hehe!

Mas a mudança se deu mais pelo fato que aqui posso explorar melhor esses lances de html que venho aprendendo pela net. E também porque aqui parece mais livre.

O nome vem de uma não tão longa história, mas é velha. Nos idos de 2002, eu e mais dois amigos tínhamos um blog, com esse mesmo nome. Que veio de uma luminária italiana que era a que eu achava mais legal na época (e ainda acho ela muito bonita). É essa daqui de baixo, e se chama exatamente "smarthead". Ou chamava, porque pelo visto saiu de linha.





Assim como nosso antigo blog esmoreceu, lá pelos idos de 2004. A idéia era fazer um relato de nossas vidas, eu aqui em Campinas, no primeiro ano de faculdade, um outro amigo no segundo ano de Física, e o terceiro, no cursinho. Muitos rolos aconteceram, muitos templates foram usados (a gente gostava mais de um dos Rolling Stones). E, obviamente, na época nos achávamos mais espertos que nossa turma do colegial que tentavam ser nossos amigos. Tentativa essa ignorada e desprezada por nós.

Enfim, o blog morreu porque a gente resolveu se encontrar ao vivo todo mês, e depois todo semestre. Prática mantida até hoje, com um dos membros originais da "nova Tríade", e mais outros dois amigos.