domingo, 27 de dezembro de 2009

Parênteses

O Natal foi mais tranquilo que imaginava. Acabei voltando mais cedo pra São Paulo, pra ir num bar de rock com amigos da minha irmã, comemorar o aniversário dela. E fugir de qualquer possível desavença no pós-Natal.

Foi bom ouvir rock clássico ao vivo nos últimos instantes de 2009. Foi bom chegar às 5 da manhã em casa. Eu dando boa noite ao porteiro, ele retornando com um bom dia. E sem estar bêbada nem nada. Tô aguentando bem ficar sem beber tanto!

Mais 3 dias de trabalho e, se tudo der certo, virada de ano na praia. Pra lavar a alma de verdade e pensar com carinho no ano que se foi e no ano que virá. E começar o ano com muita tranquilidade. E depois, alguma viagem pelo litoral carioca, porque é difícil se acostumar a não viajar tanto pelo país.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Fim de ano

Taí uma época que não suporto. Entre o carnaval e o fim de ano, prefiro muito mais o carnaval (e eu não gosto, mesmo, de carnaval - e não porque eu curto mais rock). É a época que mais fico de mal humor.

O não gostar do Natal, principalmente, e do Ano Novo não tem nada a ver com o tão falado "consumismo exarcebado". Até porque, convenhamos, somos consumistas o ano inteiro. Acho muito fácil pegar o Natal como bode expiatório.

Também não tem a ver com tudo ficar parado, no marasmo. É difícil - quase impossível - tocar obra, marcar reunião, resolver problemas nessa época do ano. Eu, que curto trabalhar, fico meio perdida nesse quesito, mas nada que atrapalhe tanto a rotina do trabalho.

O não gostar tem a ver justamente com o apelo cristão-católico dessa época: a família. É difícil gostar de passar o Natal e o Ano Novo em família quando se tem a certeza de que seus pais vão brigar feio, de alguma forma. Desde que me entendo por gente, os filhos - e o resto da família - sofrem por causa dos meus pais. E desde que consegui me emancipar financeiramente falando, faço de tudo para passar o mínimo de tempo com eles. Principalmente nessa época do ano.

Mas, como cresci numa família católica, é difícil ignorar o Natal e ficar sem ver ninguém. Os comentários, as broncas e as brigas posteriores me dão mais dor de cabeça do que torcer por um Natal tranquilo. Logo, o Natal eu passo com toda a família mesmo, até porque é o único momento que minha avó e meus tios conseguem me ver. Fico com eles, na vã esperança de que tudo corra muito bem.

Já o Ano Novo, prefiro passar com os amigos (quando eles me convidam pra viajar junto) ou sozinha mesmo. Me acostumei a assistir a corrida de São Silvestre ao vivo, a estourar champanhe em casa, a acompanhar os fogos de artifício, tudo sozinha. O que é um pouco bom, porque é o segundo momento do ano que mais penso na vida, e dá pra colocar muito pensamento em ordem.

Entre os irmãos até chegamos a brincar e apostar sobre qual o motivo da briga do ano. Nos acostumamos, o que não quer dizer que não nos incomodamos com isso. Levo isso de boa, na esperança, sempre, de que o ano que vem vai ser melhor. E o próximo, e os demais. Embora nunca se concretize.

Enfim, uma boa virada de ano e boas festas a quem me acompanha por aqui. Que o Natal e a virada de ano dos amigos sejam muito melhores que a minha. O que, acredito, não é uma tarefa difícil.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Sobre a população e o poder público

A Conferência da Cidade foi ontem, sábado. Escrevi errado no post anterior. Pra quem não sabe o que é, é o momento que se reúne lideranças de tudo quanto é segmento [ONGs, movimentos populares, entidades de classe etc] para ajudarem a construir uma política urbana e territorial mais condizente com a realidade da cidade. E ajudar a construir é propor ações, métodos e soluções em conjunto. Não é o momento de cobranças, de nenhum dos dois lados.

Foi a primeira vez que participei de fato de uma Conferência, e pelo lado do governo. Começou de manhã, às 8 horas, com o credenciamento do pessoal que ia participar dos debates. Nesse ano houve 4 mesas de debates, e o pessoal se increvia logo no início em uma delas. Às 11 horas, a abertura oficial, com o prefeito, um vereador e o secretário de Desenvolvimento Urbano falando. A parte mais desnecessária foi quando descobriram que haviam mais políticos com cargo na platéia e chamaram eles pra dar uma palavra também. Desnecessário porque cada um tratou de falar das eleições do ano que vem, exaltando o nome de Dilma Rousseff e o governo Lula (o prefeito de Embu é do PT, assim como a maioria da prefeitura). E se "esqueceram" da real intenção daquele momento.

Depois dos discursos e da apresentação do tema que seria debatido, almoço reforçado. Às 15 horas começou de fato as discussões, uma em cada sala de aula (o evento foi numa escola do Jardim Santo Eduardo). Não foi exatamente uma surpresa, até porque indo todo dia pras favelas de Embu eu já tinha sacado que o povo (em geral) manda muito bem, tanto no conhecimento dos problemas quanto na solução deles. Às vezes manda melhor que nós, pessoas com segundo grau completo. Mas nos debates eles deram soluções tranquilas, sem polêmicas e de acordo com o que todo mundo queria. A parte esquisita pra mim (que estava relatando um dos debates) foi um dos moderadores - do poder público, como todos os moderadores e relatores da Conferência - dar idéias e sugestões e argumentando a favor da sua proposta, esperando um respaldo da população, ao invés de manter uma posição neutra e só dar uma ajuda na parte de conceituação, ajudando a esclarecer o que o povo deveria deliberar. A "sorte" é que as propostas do cara não batiam de frente com o que a população queria.

Às 17 horas, apresentação dos debates e das propostas. Foi a parte mais divertida, cada um defendendo tua proposta e angariando muitos aplausos. A parte mais tensa, claro, foi a eleição dos delegados para a Conferência Estadual, a ser realizada ano que vem. Mas que no fim tudo se resolveu entre todos os interessados e acabou tudo bem. O fim só veio às 19 horas, com um ar de cansaço em todos os que estavam organizando, já que ficávamos não só atentos nas discussões, mas também em toda a infra e no horário.

Acabamos emendando num bar em Embu mesmo, pra comemorar o sucesso da Conferência (afinal, ela aconteceu e sem maiores problemas), e foi inevitável, para mim e outra amiga, que trabalha na secretaria de Desenvolvimento Urbano e também ex-diretora da FeNEA, fazer os comparativos com algum Conselho da Federação. Passamos a semana inteira, na preparação da Conferência, conversando sobre as muitas semelhanças. De fato, quando estávamos discutindo sobre o acordo de convivência no início de cada mesa de debate, era bem claro que a gente tava pensando na mesma coisa. E também quando pensávamos na infra da escola, comparando com algum Encontro que tivéssemos feito parte.

O legal, também, foi conversar com o secretário de Desenvolvimento Urbano e o Secretário Adjunto, que fizeram parte da executiva dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo antes dela virar FeNEA. Ambos foram da PUCC, assim como minha amiga. E numa hora emendamos numa conversa sobre os rumos que tudo levou, como era no início e como é agora. Soube de muitas histórias da década de 1980, complementadas com histórias de 2004 e de 2009. Pra mim, que adoro histórias, foi incrível. E foi legal perceber que, mesmo depois de mais de 20 anos, a Federação mudou muito pouco, na questão de sua essência. Porque entre nós estávamos dizendo a mesma língua, pensando as mesmas coisas, sabendo dos mesmo problemas.

Acabei chegando em casa à meia-noite, cansada demais, mas feliz por ter trabalhado sábado o dia inteiro, sem pressão e sem o pensamento de que deveria ir pra lá, de manhã, por obrigação. Feliz de ter participado disso tudo. E feliz por ter mais coisas a pensar pro futuro.


Reinaldo, Daniel, Zé Ovídio, Lilian, Luzia, Joana, Alex, eu, Deise.
Embaixo: Tatiana e Romel
Equipe organizadora da 4ª Conferência da Cidade.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

2009

Mesmo faltando pouco menos de um mês pra acabar o ano, vou me antecipar aqui nesse breve resumo da vida em 2009. Só porque hoje, no caminho pra casa, me lembrei de tudo que foi acontecendo no ano.

Me despedi de vez de Campinas.
Morei com os pais, em São Paulo.
Briguei com meu irmão. Reatei amizade com minha irmã.
Fiquei desempregada até março.
Tive um chefe que adorava beber e fumar comigo.
Meus pais se separaram e voltaram. Segurei uma barra enorme.
Dei sorte de ter um padrinho compreensivo.
Dei sorte de poder almoçar toda semana com a madrinha.
Fui dispensada do trampo. Mais um mês desempregada.
Nesse meio tempo, São Luiz do Paraitinga e Poços de Caldas.
Voltei de Curitiba com um emprego em Embu.
Ganhei menção honrosa num concurso (eu e mais os três sócios).
Me mudei pro centro da cidade.
Conheci, de início, a periferia de Embu. E foquei nela até agora.
Aprendi a fazer orçamentos.
Fui a três Encontros e a quatro Conselhos.
Parei de viajar pelo Brasil.
Saí da FeNEA de vez.
Ganhei uma mãe.
Chorei inúmeras vezes.
Consegui conciliar noites de bebedeira com o acordar cedo.
Me encontrei muitas vezes com os sócios.
Apanhei da burocracia do poder público.
Perdi muito contato com a turma que entrou comigo na faculdade.
Reatei com meu irmão.
Comecei a sofrer de saudade, constantemente.
Discuti seriamente com moradores da favela.
Aprendi um pouco mais sobre obras.
Ganhei a amizade dos mestres-de-obra.
Fui reconhecida por pessoas importantes do trampo.
Recebi inúmeras broncas da chefe por coisas obviamente erradas.
Parei de beber descontroladamente.
Comecei a fumar compulsivamente.

E é isso. Não tá exatamente na ordem que aconteceu, algumas coisas se entrelaçam. E tenho certeza de que vão acontecer mais coisas até o fim do ano, mas também tenho certeza de que vou postar sobre, mais tarde (até porque vai ser impossível não contar sobre a experiência de ser relatora da Conferência das Cidades, a acontecer nesse domingo, e sobre a confraternização em Embu com o povo do trampo, daqui a duas semanas, que promete!)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cerveja e cigarro

Há um tempo eu tava fazendo uma lista de bares aqui na capital que é permitido fumar, de alguma forma, sem deixar a mesa e sem deixar o bar. Pesquisei mais alguns lugares na net [é justo dizer que extrai muita coisa desse link e desse aqui também], e juntei tudo nessa lista abaixo.

Conheço alguns, e fui em pouquíssimos, então não faço idéia do preço e do lugar. Mas já é um começo pra quando for programar alguma saída diferente. A maioria deixou um espaço ao ar livre para fumantes, de modo que, em dias de chuva, é impossível ficar na mesa e fumar ao mesmo tempo. Ou deixa o cigarro de lado, ou procura alguma marquise ou cobertura próxima ao bar.

Bar Brahma – mesas na calçada (com toldo)
Av. São João, 677 - Centro

Bar da Vila – mesas na calçada (com toldo)
R. Joaquim Távora, 1322 - Vila Mariana

Bar do Arnesto – mesas na calçada (com toldo)
R. Min. Jesuíno Cardoso, 207 - Vila Olímpia

Bar do Baixinho – mesas na calçada (com toldo). Na chuva ou no frio, fecham as laterais.
R. Clélia, 1112 - Água Branca

Bar do Sacha - mesas na calçada
R. Original, 89 - Sumarezinho

Bar do Ton – mesas na calçada (com guarda-sol). Na chuva forte, espaço indisponível
R. Dr. Augusto de Miranda, 711 - Vila Pompéia

Bar Higienópolis – mesas na calçada e praça em frente (descoberto)
R. Pará, 2 - Consolação

Bar PPP (Papo, Pinga e Petisco) – mesas na calçada (com marquise)
Pça. Franklin Roosevelt, 118 - Consolação

Bardo Batata – mesas na calçada (sem toldo)
R. Bela Cintra, 1333 - Consolação

Barello Burger – área para fumantes (sem mesas ao ar livre)
R. Azevedo Soares, 633 - Vila Gomes Cardim

Boteco Vila Rica – ar livre no terraço
R. Min. Jesuíno Cardoso, 299 - Vila Nova Conceição

Bourbon Street Music Club – varanda sem mesas
R. dos Chanés, 127 - Indianópolis

Cacilda - mesas na calçada
R. Tito, 237 - Vila Romana

Casual - mesas na calçada
Av. Chibarás, 140 - Planalto Paulista

Central 22 - mesas na calçada
R. Avanhandava, 22 - Bela Vista

Chopp do Miguel – mesas na calçada (com toldo). Com chuva, lugares indisponíveis.
Al. Itu, 1232 - Cerqueira César

Chopp Escuro - mesas na calçada
R. Marquês de Itu, 252 - Vila Buarque

Corcoran - mesas na calçada (com toldo). Com chuva, lugares indisponíveis.
R. Afonso Bráz, 657 - Vila Nova Conceição

Espetinhos, Cerveja & Cia - mesas na calçada (com toldo). Com chuva, lugares indisponíveis.
R. Canuto do Val, 41 - Vila Buarque

Estação Juscelino – área para fumantes (sem mesas ao ar livre)
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 201 - Vila Nova Conceição

Expedito Bar & Espeto - área para fumantes, indisponível quando chove.
Rua Ibiturana, 1540 - Campo Belo

Filial - mesas na calçada
R. Fidalga, 254 - Pinheiros

Genésio - mesas na calçada (com toldo). Na chuva ou no frio, fecham as laterais.
R. Fidalga, 265 - Vila Madalena

La Casa del Habano – área para fumantes, sem serviço
Al. dos Jurupis, 1402 - Moema

Pandoro – ar livre, lugar indisponível quando chove.
Av. Cidade Jardim, 60 - Jd. Paulistano

Pirajá – área externa
Av. Brigadeiro Faria Lima, 64 - Pinheiros

Wild Horse Music Bar – área externa
Alameda dos Pamaris, 54 - Moema

Vira Lata – área externa
R. Minas Gerais, 112 - Higienópolis

Drops – área externa
R. dos Ingleses, 182 - Bela Vista

Bar da Praça – balcão
Pça. Vilaboim, 65 - Pacaembu

Pé de Manga – área externa
R. Arapiraca, 152 - V. Madalena

Hi-Fi – terraço
R. Oswaldo Casimiro Muller, 46 - Brooklin

Ibotirama – mesas na calçada (com toldo)
Rua Augusta x Rua Fernando de Albuquerque

Bar B – mesas na calçada
Rua General Jardim, 43 – Centro

Big Ipiranga – mesas na calçada
Rua Martins Fontes (ao lado do Hotel Jaraguá) - Centro

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Como sair de Embu num temporal

Não é novidade que eu trabalho em Embu. E não é novidade que eu moro no centro de São Paulo. 40km de distância, que geralmente percorro em uma hora e vinte minutos, na volta. Sem trânsito e sem congestionamento, dá quarenta minutos. Coisa tranquila de se conviver.

Hoje, toda a água do mundo resolveu desabar em São Paulo e redondezas (Embu incluso). O ônibus que eu pego passa pelo largo do Taboão que, apesar do mega piscinão [obra tosquíssima] à ceu aberto, não é capaz de amenizar em dias de chuvas tranquilas. Imagine em chuva forte, como foi hoje. Resultado: nenhum ônibus que passa por lá estava chegando em Embu. O Clínicas, que passa a cada 20 minutos, passou uma vez em uma hora. O São Marcos, que passa seis por hora, hoje passou só uns dois.

Lógico que o Anhangabaú não ia passar na hora, mas resolvi esperar uma hora. Às 19h, ligo pra minha mãe pra ter notícias, e ela me diz pra evitar de qualquer forma a Rebouças. Minha segunda opção ia pro espaço. Não me sobrou outra alternativa senão pegar o Campo Limpo, que estava no horário, vazio e sem trânsito.

[Pra quem não conhece São Paulo e arredores, sugiro seguir o mapa abaixo]

Mapa da rede ferroviária de São Paulo

Meu objetivo era chegar no metrô, de preferência da linha vermelha. E aí começou a maior volta que já dei por São Paulo. Às 19:15, segui de Embu a Campo Limpo, e, de fato, foi tranquilo. Em 40 minutos, lá estava eu perto de onde morava. De Campo Limpo, segui pra Santo Amaro, de metrô. 5 minutos (ou menos). O inferno começou em Santo Amaro, onde tive de esperar 40 minutos pra pegar o trem até Presidente Altino (Osasco). Quando pego, o trem resolve ficar extremamente cheio a cada parada. E com intervalos gigantes entre uma estação e outra. A sorte é que o povo tava bem humorado e não houve nada de discussões, empurra-empurra e tudo mais. Era possível até ler livro em pé, ou conversar de boa. Enfim, a viagem durou uma hora. 21:40, lá estava eu em Osasco, esperando o trem pra Barra Funda. Uma pequena espera, 15 minutos de viagem. Da Barra Funda, tinha ainda a derradeira viagem, de metrô, de novo. Quatro estações, e finalmente chegava ao centro de São Paulo, às 22:10.

Se conseguiu acompanhar a viagem, percebeu que fui da zona oeste da região metropolitana pra zona sul, voltei à zona oeste (demorei 2 horas pra ir e voltar basicamente ao mesmo lugar) e só depois fui pro centro. No fim, era mais fácil ter ido pra Itapevi e pegar o trem de lá até Barra Funda....mas como fiquei por dentro do trajeto só agora, não adiantava muito. Fica como sugestão pra próxima enxurrada. Porque passar de novo por 4 cidades pra chegar em casa, só quando a grana realmente apertar (gastei só 3,55 pra dar toda essa volta).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Álcool

Resolvi parar de beber quando fico em casa, e resolvi que só vou beber [moderadamente] quando me encontrar com amigos, em algum bar da vida, ou em confraternizações especiais. Pra encher a cara, como tava fazendo até semana passada, vai precisar de uma ocasião muito especial.

Não é uma tarefa difícil, já que vejo muito pouco meus amigos e eles não são tão adoradores do álcool quanto eu. Às vezes (muitas vezes, na verdade) calhava de só eu encher a cara enquanto os demais ficavam na coca e no suco.

A resolução veio com muita reflexão, depois de uma pequena bronca da mãe por conversar com mendigos quando voltava às 3 da manhã, bem bêbada. E depois de uma conversa muito tranquila com o encanador das obras de Embu, que me contou que perdeu o emprego de 6 mil reais, e quase perdeu os filhos e a mulher por causa do alcoolismo, e que chegou a bater na mulher algumas vezes por conta disso (hoje em dia ele tá super bem, é uma pessoa inteligente que conversa comigo sobre política e arquitetura e que se mostra claramente que aprendeu com o passado). E depois de uma conversa no B sobre o pai da madrinha.

Antes que eu vire alcóolatra (já que tenho a tendência de me viciar facilmente em qualquer coisa), prefiro mostrar minha fraqueza somente no cigarro. Quem sabe um dia largue isso, mas por enquanto vai ser minha única válvula de escape.