sábado, 26 de junho de 2010

Dia de jogo e de amizades boas

Hoje o Brasil empatou, mas é porque não vimos o jogo juntos no mesmo grupo de sempre: eu, mais uma amiga da faculdade, dois amigos de Embu e um amigo que descobrimos ser amigo em comum. Mas, mais que essa superstição barata e tosca, isso serviu pra unir mais a gente. Pra sermos mais amigos além da obrigação que o trampo acarreta.

Hoje, no bar da noite, uma amiga recém conhecida, minha mestra em tabacaria, me disse sobre os amigos que ficam, além dos problemas e das aflições da vida de cada um. Me disse que, se não fossem os amigos, estava numa situação pior de vida. Uma outra amiga, de longa data e que deveria ter sido minha madrinha (caso eu tivesse levado o ritual a sério, em setembro de 2006), me disse que não precisava de terapia, porque para contar os problemas da vida bastavam os amigos.

Hoje, a mesma amiga minha mestra de tabacaria (e uma das melhores pessoas que já conheci na vida) me mostrou que a Federação vai muito além do movimento estudantil. Porque hoje, num dos dias ruins dela, quem levantou a moral dela e a apoiou em tudo foram as amigas de 5 anos atrás, feitas de modo insólito que se tornaram querida confidentes.

Hoje, minha amiga de Embu, conhecida graças à Federação, me deu um longo abraço e se despediu de mim de uma forma muito intensa, que eu nunca tinha visto. Ela sabia, e eu também, que nossa amizade vai além de horas no bar, bêbadas, vai além das brigas entre nossas Secretarias em Embu (que, afinal são brigas dos chefes, porque a gente sempre se deu muito bem) - (além do que, bêbados são muito mais sinceros).

Hoje, minha amiga mestra em tabacaria (e que me ensinou a fazer meus próprios cigarros) me deu um beijo e se despediu de mim como se fôssemos velhas conhecidas. E lembrei que ela me cumprimentou no início da noite com um bom abraço. E me fez ter saudades das próximas conversas.

Hoje, minha amiga de faculdade, companheira de causas e conhecedora dos problemas familiares em comum conversou comigo como se fosse minha irmã.

Hoje vi meu padrinho pela segunda vez na semana, e mesmo sem trocarmos muitas idéias como antigamente, pareceu que nos vimos ontem, discutindo e analisando a vida. E que me deu orgulho quando falei à minha amiga mestra em tabacaria que ele era meu padrinho e ela concordou que foi uma ótima opção, com um saudosismo de sempre.

Hoje foi um dia que não almocei devido à ressaca de ontem, que passei mal por causa da cólica, que suava frio enquanto a chefe-amiga me falava do orçamento da próxima obra e que me acompanhou até Taboão.

Mas que toda a cerveja da noite fez valer muitos anos de vida. E me fez ter orgulho dos amigos que tenho, e me fez ter certeza de que vou ter sempre alguém por perto quando precisar.

Independente de todas as crises e mau-humores e descrenças que eu tiver nessa vida.

N.P.: o "hoje" foi ontem, dia 25. Escrito na madrugada do dia 26, como percebem.

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