quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quatro anos depois

Tudo começou no show do Rolling Stones, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2006. Era a primeira vez que ia pra lá, aproveitei e fiquei 5 dias, me focando muito mais na arquitetura da cidade que nas suas praias. Tava muito feliz, a tempos queria conhecer a cidade maravilhosa. E emendar no show de uma das lendas do rock ajudava muito meu estado de espírito a ficar desencanado de tudo.

Fiquei num albergue meio tosco no Botafogo, cheio de gringos e dividindo quarto com mais 5 pessoas. Entre elas estavam 3 que tinham ido pelo show. Dois baianos e um paraense. Na noite que nos conhecemos, um dia antes do show, ficamos bebendo numa praça, perto do albergue. A conversa fluiu tão bem que parecia que nos conhecíamos a anos. Um dos baianos foi conquistando minha atenção mas eu, tímida que só, continuava na minha.

Depois do show, fomos ainda pra Niterói, na casa de uma amiga de um dos baianos, e lá me despedi deles, achando que nunca mais os veria. Ledo engano: em abril desse mesmo ano, os dois apareceram em Campinas, pro show do Badfinger. Que eu já tinha comprado ingresso pra ir com meu irmão. No fim de tudo, o baiano tinha me conquistado mesmo. Mas essa, sim, teria sido a última vez que o veria.

Até chegar o ano de 2010, com um pequeno email me dizendo que ele estava na capital paulista. Nos encontramos e fomos pro bar, e parecia que tínhamos nos visto a pouquíssimo tempo. A vida de cada um mudou bem, soube bem mais da vida dele que ele da minha, porque não sou de falar mesmo. Mas prestava atenção em cada dica de rock que ele me dava. Conversamos sobre futebol como dois fanáticos historiadores. Conversamos sobre rock como a muito tempo eu não falava. Bebi mais do que meu corpo aguentava, fruto do cansaço absurdo que a vida de adulto me proporciona. Mas aproveitei bem cada minuto com ele. Não dei bola pras derrotas do Palmeiras e do Corinthians...a companhia me era bem mais especial.

A vida segue me dando boas surpresas. Que bom!

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