quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Último dia da boa e velha vida

Último dia, por ora.
Não que não pretenda voltar. Mas não faz parte mais da minha rotina, definitivamente.
Fiz bons amigos por lá. Eu, que sou tímida, antissocial e não sei falar, fiz amigos.
E hoje, no último dia, demos boas risadas. Como nos tempos que eu trabalhava feliz e contente por lá.
Hoje eu apareci e resolvi atrapalhar o trabalho de quem me importava.
Almocei com amigos que me parecem conhecidos de longa data. Conseguimos ir a um restaurante muito bom porque "seria a última tentativa para que nós quatro almoçássemos num lugar legal".
Ri muito das conversas. Besteiras e coisas sérias. Como se estivéssemos num bar tomando cerveja numa noite agradável. [E quem me conhece sabe o quão sagrado é pra mim tomar cerveja com amigos num bar].
Me diverti sabendo que, por mais que tenha valorizado cada momento com eles, é o que mais sinto falta hoje em dia. E sei que não vou ter mais isso na vida.
Igualmente, fiquei feliz de ver outros amigos, de outra sala, dizendo que "não iam mais ao Galpão porque eu não estava lá para dar risada".
Não sabia que tinha algum tipo de presença marcante para alguém. Mas hoje soube que, pelo menos uma ala me considerava, de alguma forma.
Eu não chorei quando estive lá. Nem quando me despedi de vez de todos. Não senti nenhuma vontade de voltar, embora saiba que tenha feito estragos com minha ausência na força de trabalho. Um dia, espero que compreendam minha posição.
Mas, escrevendo tudo isso agora, fica difícil segurar as lágrimas.
Porque fiz bons amigos, porque aproveitei cada segundo, porque não me arrependo de nada. Mas a saudade já começa a doer.
Aprendi muito lá. De cada amigo levo algo.
E tomara que sempre seja assim, enquanto houver honestidade nas relações.



Um comentário:

Raquel disse...

você não vai enteder agora a dimensão de tudo.

texto lindo.