sábado, 21 de novembro de 2009

Encontros

Meu primeiro Encontro de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo foi em 2006. Um tanto tarde pra quem entrou na facul em 2002 e viu o pessoal se mobilizando pra levar mais gente no EREA (Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo) Campinas, em 2003, na mesma cidade que viveria por mais 5 anos. Mas tive três motivos pra isso demorar tanto:

- Sempre tive a impressão que não gostaria de Encontros.
- Toda vez que decidi ir em algum Encontro, peguei exame de projeto ou alguma outra matéria. Foi assim que perdi o ENEA (Encontro Nacional) Brasília 2004, o ENEA SP 2005 e o ENEA Recife em 2006.
- Nunca tive grana pra ir num Encontro, mesmo meu pai jurando que pagaria tudo pra mim (ele sempre curtiu que eu viajasse, seja lá para o que eu quisesse fazer. E eu sempre fui muito orgulhosa de não aceitar nada dele - orgulho que dura até hoje).

Mas sabia que, antes de sair da faculdade, deveria ir em algum Encontro, para ter a vivência, para saber como era, para poder ter uma vida acadêmica completa. Decidi ir no EREA Santos em 2006, depois de guardar alguma grana e abdicar da páscoa com a família de sangue. No penúltimo ano de curso, imaginando que no ano do TFG não iria pensar em mais nada senão em me formar. Não preciso dizer que, naquela época, mesmo fazendo parte do CACAU, fui pra Santos pelo turismo e pelo preço baixo de se dormir acampada. Foi um encontro péssimo, mas como não sou de ligar para conforto, achei tudo ótimo. Fiz amizades com pessoas que veria muito, nos próximos anos.

Porque em setembro desse mesmo ano de 2006, em Campinas, conheci um novo mundo e a real intenção de um encontro. Conheci os esforços, o perrengue de quem toma pra si a responsabilidade de realizar um. Conheci a razão e a história de muitos encontros. Conheci o porquê da necessidade de haver encontros sempre.

De 2006 pra cá, foram 11 Encontros. Em 2007, a 1 semana da primeira entrega do TFG, lá estava em São Carlos. Em julho do mesmo ano, 4 dias depois da entrega do exame do TFG, lá estava eu em Floripa. Depois disso, decidi trancar o curso, viver de viagens e ajudar os mais diversos Encontros que aconteciam pelo país, nos mais diversos lugares. Porque, se era pra ajudar um Encontro acontecer, não me conformei em ajudar só o estado de SP. De norte a sul (literalmente), conheci muitos lugares e, melhor que isso, conheci muitas pessoas que também me ajudaram muito nessa vida. Muito mais do que ajudei a elas.

E, de fato, a impressão se tornou verdade. Nunca gostei muito de Encontro, preferia muito mais os Conselhos. Porque sempre fui nerd e preferia trabalhar muito a somente me divertir (o trabalho todo me divertia muito, por incrível que pareça). Mas, pra quem diz que não gostava de Encontros, acho que esse número tá mais que suficiente (embora o número de Conselhos seja mais que o dobro do número de Encontros, mas isso fica pra alguma próxima postagem).

E pensei em escrever tudo isso depois de um dia inteiro no bar, com duas pessoas da família de coração, contando as inúmeras histórias de Encontros de anos atrás. A trégua durou pouco.

2 comentários:

Mina Hugerth disse...

Conselho é muito mais intenso do que encontro, e não é só por causa da carga de trampo, porque a gente trampou bem em encontro também.

Mas é só em conselho que você tem tempo e chance de encontrar gente do outro lado do país que pensa igual você.

Mari disse...

Pô leilão! Essa quarta estarei em Campinas ainda! Tenho aulinha da Silvana!!
Mas em um mês estarei definitivamente em Sampa! Aceito novos convites!
Se rolar, venha pra nossa banca dia 17/12 =)
Bjocas