sábado, 30 de junho de 2012

A dor da perda de amizades

Hoje soube que uma grande amiga minha estava em São Paulo. Ela mora em outra cidade. Sempre que nos falávamos por e-mails, dizíamos a velha expressão corriqueira: "Quando aparecer por aqui, me avisa!". Tanto eu pra ela, quanto ela pra mim. A expressão é corriqueira, mas vem carregada de saudades e de ansiedade. É verdadeira, de coração, e eu achava que pelo menos meus amigos levariam a sério.

Mas essa minha amiga não levou. Soube por outros amigos que ela estava a menos de um quilômetro da minha casa. Soube, também, que ela estava na companhia de um dos meus piores desafetos. E, me disseram que talvez por isso ela não tinha me ligado, ou me avisado.

Daí me lembrei de que, desde o dia que desmascarei o cara para todo mundo e mostrei o quanto ele era anti-ético, ela brigou comigo. Disse que tinha de ter conversado com ele antes, que não concordava com a minha posição. Até aí, tudo bem porque politicamente a gente não se dava bem mesmo. Ela sempre questionava posições e ações políticas, desde a faculdade, mas isso nunca foi impeditivo para perdermos a amizade.

Mas, dessa vez, parece que a amizade acabou de vez. Parece que o anti-ético ganhou bem a simpatia e confiança dela. E, dessa vez, parece que ficar ao lado dele é estar contra mim. Eu não consigo manter contato com ela, enquanto ele se desfruta da ótima companhia dela bem mais que eu.

Foi a segunda vez que perdi uma amiga querida. Ainda me lembro bem da primeira vez. Mas, como da outra vez, a ausência delas foi, de certa forma, compensada por outras ótimas pessoas. Nas as substituem, mas me fazem crescer, me fazem rir, me ensinam, me acolhem.

Sinto bastante a falta delas. Me faz mal comparar o passado e o presente. De uma forma muito dura, aprendi a valorizar e dar os devidos créditos ao passado, e seguir em frente.

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