terça-feira, 26 de abril de 2011

Taubaté, de novo

Voltei à cidade, depois de 2 anos.
Na última vez, o coração voltou apertado. De apreensão, de raiva, de mudança negativa.
Dessa vez, voltou cheio de esperança.
Não vou conseguir explicar porquê.
Mas acho que consegui entender porque o pessoal "dinossauro" de EREA/ENEA continua indo.
Porque a sensação de rever os amigos, ficar totalmente à toa, ajudar nas horas que se precisa, fez todo o sentido.
Não imaginava ser chamada de dinossaura.
Não imaginava causar comoção na chegada do EREA Taubaté.
Não imaginava que chegar ao Encontro com mais duas gerações de diretores regionais significaria tanto.
Não imaginava causar na plenária, embora fosse um desejo antigo.
Não imaginava chorar ao abraçar a diretora regional atual.
[E, não, não era porque estava viajando. Aconteceria, de uma forma ou outra.]
Não imaginava ter saudades.
Consegui me divertir muito, mesmo sem ter função.
Ajudei no que podia, desencanei de outras tantas coisas.
Não vi nenhuma atividade.
Aliás, minha única atividade, junto com amigos também dinossauros, foi beber e fumar.
O coração voltou cheio de esperança.
Uma Federação que vi fadada ao fracasso, incrivelmente, se renova.
E nos surpreende.
Claro que é uma avaliação muito superficial, racionalmente falando.
Mas, em termos de Federação, o coração e a energia contam muito mais.
E é nisso que sempre me baseei ao analisar esse mundo, que me faz tanta falta aqui fora.
No fim, não me importei com a mudança da geração.
Uma geração que não fuma. Nada.
Que prefere funk a Chico Science.
Que deixa Comorg entrar no bar.
Porque aceitei as mudanças. Fiz parte da virada.
E vi que isso pouco importa.
Porque o espírito continua o mesmo, no fundo.
Foi bom ter ido a Taubaté.
E eu mordi a língua. Porque, apesar de preferir Conselhos a Encontros, esses últimos ainda valem muito a pena.
[Mas, talvez, só com amigos das antigas pra poder ficar comparando os tempos.]

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