segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A última vez

Tava tão frio quanto na primeira vez, em setembro de 2006.
A cidade foi a mesma; as pessoas, completamente diferentes.

Fiz questão de coordenar o turno do assunto que me puxou pra esse mundo. Fiz questão de sair dos turnos e ficar de fora, só olhando. Fiz questão de beber e fumar muito na companhia de pessoas muito especiais no sábado a noite e ficar, obviamente, fora do turno, o que causou um pouco de desconforto na minha parceira regional. Fiz questão de me desculpar por ter ficado tão ausente dos turnos.

Não esperava um fim tão caloroso. Não esperava receber tantas palavras boas, tanto de pessoas que mal me conheciam quanto dos que já tavam cansados de me ver todo mês. Não esperava ser adotada.

Achava que seria tranquilo sair da gestão, passar a bola e sair de vez disso tudo. Achava que seria tranquilo renunciar por não ter mais nada a ver com a minha vida. Principalmente porque eu enfiei essa idéia na cabeça desde maio desse ano. Achava, mesmo, que poderia controlar qualquer emoção que viesse depois.

Mas, mais uma vez, em se tratando de emoção, eu errei. Embora tivesse chorado muito pouco no fim, na roda de despedida, mesmo com o coração ficando cada vez mais apertado a cada minuto que passava, e embora eu estivesse realmente tranquila da minha futura decisão, a ficha tá caindo mais rápido do que eu pensava. E o choro vem com mais frequência, a cada e-mail bg que leio.

Hoje o dia foi um misto de nostalgia, de lembrança, de pensar no futuro, de pensar na mudança de vida radical que venho passando desde o começo do ano. A vida segue, e quero ver como é ficar de fora desse mundo depois de 3 anos de overdose.

Um comentário:

Débora disse...

Oi Leila! Então vou acompanhar sua vida por aqui agora, pois está cada vez mais difícil falar com você! rsrsr
Parabéns por tudo!!!
Bem vinda a nova etapa!!! Conte comigo! Beijos!