sábado, 29 de agosto de 2009

Modernidades

[aproveitando a net da casa dos meus pais!]

Na Companhia que eu trabalho tem, além de mim, dois arquitetos. Uma de 30 anos, formada pela USP e outro de 33 anos, formado pela UNESP Bauru (gosto de ver que as três faculdades públicas do estado estão representadas na Companhia!). E mais três estagiários.

O máximo que eles todos sabiam mexer era no AutoCAD. Que ainda é o básico para projetos de Arquitetura e Urbanismo.

Quando cheguei lá, em junho, a gente tinha de fazer estudos volumétricos de um projeto recém chegado. Como vi que tínhamos o SketchUp instalado, peguei um estagiário e o arquiteto e mostrei basicamente como fazia [até porque sei mexer muito pouco nisso]. Eles ficaram admirados! O projetinho fluiu e o Sketch salvou essa parte.

De outra vez, tínhamos de fazer um mapa para localizar algumas casas. Como não temos uma base boa de CAD da cidade de Embu, apelei pro Google Maps. Dessa vez foi a arquiteta que ficou espantada e admirada. E estamos usando o Maps até hoje, para infinitas operações.

E, por último, o Corel salvou uma apresentação para a comunidade de um bairro, quando fiz, de maneira bem simples, um mapa com a separação do bairro em setores, como o arquiteto queria e não saberia como fazer.

O mais legal é ver os estagiários aprendendo a mexer nesses programas e descobrindo mais utilidades para a Companhia. E ver a satisfação dos arquitetos de finalmente ver um trampo mais moderno sobre os projetos.

E eu nem sou tão nova e nem sei tanto mexer nesses programas todos aí!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Aos poucos

Só pra dizer que já tá tudo bem mais tranquilo na minha vida.

Não ter internet em casa faz com que eu durma decentemente e mais cedo, e faz com que pareça que eu quis sumir de propósito. Mas isso só até o mês que vem.

Por ora, alguns pitacos de leve por aqui e um email gigante diário!
E em breve, uma foto da vista fantástica da minha nova casinha!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A última vez

Tava tão frio quanto na primeira vez, em setembro de 2006.
A cidade foi a mesma; as pessoas, completamente diferentes.

Fiz questão de coordenar o turno do assunto que me puxou pra esse mundo. Fiz questão de sair dos turnos e ficar de fora, só olhando. Fiz questão de beber e fumar muito na companhia de pessoas muito especiais no sábado a noite e ficar, obviamente, fora do turno, o que causou um pouco de desconforto na minha parceira regional. Fiz questão de me desculpar por ter ficado tão ausente dos turnos.

Não esperava um fim tão caloroso. Não esperava receber tantas palavras boas, tanto de pessoas que mal me conheciam quanto dos que já tavam cansados de me ver todo mês. Não esperava ser adotada.

Achava que seria tranquilo sair da gestão, passar a bola e sair de vez disso tudo. Achava que seria tranquilo renunciar por não ter mais nada a ver com a minha vida. Principalmente porque eu enfiei essa idéia na cabeça desde maio desse ano. Achava, mesmo, que poderia controlar qualquer emoção que viesse depois.

Mas, mais uma vez, em se tratando de emoção, eu errei. Embora tivesse chorado muito pouco no fim, na roda de despedida, mesmo com o coração ficando cada vez mais apertado a cada minuto que passava, e embora eu estivesse realmente tranquila da minha futura decisão, a ficha tá caindo mais rápido do que eu pensava. E o choro vem com mais frequência, a cada e-mail bg que leio.

Hoje o dia foi um misto de nostalgia, de lembrança, de pensar no futuro, de pensar na mudança de vida radical que venho passando desde o começo do ano. A vida segue, e quero ver como é ficar de fora desse mundo depois de 3 anos de overdose.

domingo, 16 de agosto de 2009

Xangô, mais uma vez

Dessa vez tinha mais gente que o habitual. Muito de última hora conseguimos reunir muitas gerações feneanas no bar de sempre. Um chamou o outro, que chamou o outro, e assim foi. Gente de fora, gente da capital. Gente formada, gente estudante, gente que mudou de curso, agregados. Muitas histórias, muitas lembranças, muita gargalhada. Tanta coisa boa que pareceu que éramos amigos a décadas. Tanta coisa boa que o tempo voou. E, no fim, ficamos mais de 8 horas bebendo. Fins de semana regados a álcool tem virado rotina nessa minha vida paulistana. Ainda bem!

Pra quem conhece, imagina na mesma mesa de bar: Laurinha, Maurílio, Germana, Diogo, eu, Didigo, Japa, Batatinha, Vanessa. Depois que Laurinha foi embora, chegaram Livinha e Pedro. No mínimo, 9 gerações aí. Bom demais!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Trajetória

Quem me conhece sabe que nunca fui do tipo engajado. Na faculdade, dava prioridade ao meu trampo de iluminação residencial, comercial e essas coisas, porque precisava me sustentar em Campinas. Precisava de um trampo que pagasse bem, não importava o que era. Nunca fui de movimento estudantil, de lutar por coisas melhores na faculdade, essas coisas. Primeiro porque minha visão política era extremamente deturpada; segundo porque nunca achava que teria tempo pra me dedicar a isso; terceiro, era desinteresse mesmo.

Daí veio setembro de 2006. Quem me conhece sabe, também, o quanto a FeNEA me mudou. Resolvi levar a bandeira da Reforma Urbana nos Conselhos da vida, ao mesmo tempo em que era convidada a fazer parte do Núcleo pela Reforma Urbana, uma tentativa de discussão do assunto com demais estudantes da UNICAMP. Mas esse eu deixei de lado por não acreditar nas pessoas. Ao contrário, na FeNEA eu acreditava demais no povo, e por isso essa caminhada deu mais certo.

Fiz parte de maneira mais séria do Centro Acadêmico da curso, virei diretora da FeNEA, e continuei trabalhando no mesmo trampo de iluminação, agora para me manter em Campinas e pagar minhas viagens pelo Brasil. Foi muito bom enquanto durou.

Agora, formada e de volta pra São Paulo, precisava de algum trampo aqui pra sair da casa dos meus pais. Acabei, depois de um bom tempo, conseguindo um trampo em Embu. Fantásticamente por causa da FeNEA: queriam alguém que manjasse de Estatuto da Cidade, Reforma Urbana e coisas correlatas. Como meu currículo não tem nada dessas coisas (foram 5 anos na área de iluminação), tratei de colocar os textos feneanos que tinha feito durante minha trajetória. Não sei se eu era a única opção ou se os textos ajudaram mesmo, mas o fato é que foi isso que chamou a atenção pra minha pessoa e hoje, depois de um mês e meio, estou trampando com regularização fundiária, reurbanização de favela e essas coisas. O primeiro passo que sempre quis, depois de formada.

Num breve resumo, eis o porque de eu estar em Embu. Numa próxima postagem escrevo sobre a cidade, suas favelas, seu povo e sua cultura.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Belo Horizonte

Mais um Encontro na lembrança. Só mais um dos 11 que fui em 3 anos. Não foi o melhor, e tá pendendo pra ser um dos piores. O que sempre salva, obviamente, são os amigos.

O problema é que, com tantos conhecidos lá, não deu pra ver todos. Ainda mais aproveitando somente 2 dias de Encontro. No fim, fiquei bebendo o dia inteiro todo dia com os mais chegados. Falando besteira, esquecendo diálogos, relembrando tempos antigos, e trabalhando.

E, com o fim desse Encontro, vieram outros mil pensamentos, como era de se esperar. Além dos sentimentos de vazio, de ostracismo, de saudades e de fim. Fim esse que, na verdade, só acontece daqui a 20 dias, na mesma cidade do início.